O processo de emissão de moeda se inicia com a autorização do CMN. A partir disso, o Banco Central faz uma encomenda a Casa da Moeda.
De modo geral, o dinheiro colocado em circulação acompanha a evolução da economia e dos preços, bem como as mudanças no comportamento da população e o aumento dos saques em espécie. A impressão também é usada para substituir as cédulas e moedas desgastadas.
O que é a emissão de moeda?
A emissão de moedas nada mais é do que o ato de fazer com que o dinheiro fabricado passe a ter valor. No país, a produção das cédulas ocorre na Casa da Moeda, ao passo que a responsabilidade pelo controle dessas emissões é do Banco no Brasil. Nota-se que o BC conta com variadas estratégias para colocar dinheiro na economia brasileira quando necessário.
Como funciona?
Para que ocorra a impressão de novas cédulas de real, o Conselho Monetário Nacional (CMN) deve indicar uma autorização para esse processo. A decisão leva em consideração o objetivo de manter a quantidade ideal de dinheiro em circulação de acordo com as necessidades da população.
Na prática, para que ocorra a impressão de dinheiro, o Banco Central deve comprar títulos do Tesouro Nacional, de modo a financiá-lo. A partir disso, o BC envia novos valores ao governo, o qual, por sua vez, pode colocar mais cédulas em circulação para movimentar a economia.
Nota-se que a quantidade de notas que serão impressas é calculada a partir de vários fatores, como é o caso do ritmo econômico.
Como o governo faz para emitir moeda?
O processo de emissão de moeda se inicia com a autorização do CMN. A partir disso, o Banco Central faz uma encomenda ao fabricante, com o novo numerário. A empresa que fabrica as cédulas é a Casa da Moeda do Brasil.
Então, depois da fabricação das notas e moedas do real, elas seguem para o Banco Central, onde passam a valer de fato. Feito isso, são direcionadas ao Banco do Brasil, que é contratado para com a função de distribuir o dinheiro entre os demais bancos. Dessa forma, o Banco do Brasil se trata do custodiante e é fiscalizado pelo BC.
Além disso, o Banco do Brasil também colabora com o serviço de recolhimento de notas em mau estado e suspeitas de falsificação. Ao receber essas notas, o Banco Central faz uma análise e destrói as que não tiverem condições de circular. O processo é conhecido como saneamento do meio circulante.
Quando o governo pode emitir moeda?
A decisão sobre a emissão de moeda parte do objetivo de manter uma quantidade de notas em circulação que seja suficiente para atender as demandas da sociedade. Sendo assim, o governo deve manter as moedas de acordo com o ritmo da economia.
A impressão de dinheiro ocorre de forma regular para o caso de substituição de cédulas e moedas danificadas, as quais são destruídas. Nessa situação não se coloca mais dinheiro em circulação. Além disso, pode-se emitir dinheiro em casos de falta de notas no país, quando a demanda pelo dinheiro físico é maior.
Para além das moedas emitidas após liberação do CMN, se for preciso injetar mais dinheiro na economia, o Banco Central deve comprar títulos do Tesouro Nacional. O qual, tem a responsabilidade de administrar as finanças no governo.
Nota-se ainda, que o Banco Central dispõe de outros instrumentos para movimentar a economia. Como é o caso de baixar a taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia brasileira.
Porque a emissão de moeda pode gerar inflação?
A emissão de moedas para além do necessário e sem acompanhar o crescimento econômico do país, pode resultar em uma inflação descontrolada, e até em uma crise de hiperinflação.
O aumento de preços a partir da emissão de moedas ocorre porque ao aumentar as notas em circulação os bens, as mercadorias e serviços continuam como estão. E ao “sobrar” dinheiro, o resultado é o aumento de preços. Afinal, se segue a lógica da oferta e da demanda. Sendo assim, com moeda acima do necessário, a oferta aumenta e o dinheiro passa a valer menos, as pessoas perdem o poder de compra.
É por esses motivos que a impressão de dinheiro não é uma solução para um país endividado ou em crise na economia.